sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Rapidinhas do Alviverde...

Ontem à tarde, a Direção esmeraldina anunciou o 12° reforço para a temporada de 2013. O nome da vez trata-se de Romano Rodrigues, ou simplesmente Romano, que retorna ao clube da Serra após já ter vestido o manto verde e branco em 2007, na última passagem do Juve na elite nacional.

Após boatos de Demore e companhia estarem tentando um possível retorno do gordinho e indisciplinado - porém, bom de bola - Anderson Pico, que fora afastado do clube da capital; a confirmação da vinda do lateral-esquerdo de 25 anos, que somado à vinda de mais um zagueiro (que deve vir com bola já rolando pelo Costelão) fechará o plantel juventudista para a disputa do Gauchão, ocorreu logo depois do término da partida entre Juventude e Santa Cruz, pela Copa Centenário.

Passados cinco anos, o gaúcho de Taquara afirma ter conquistado boa experiência e melhorado na questão defensiva, já que a marca do lateral sempre foi a sua boa subida ao ataque, por onde inclusive pode atuar tanto como meia ou ala. Romano, que tem também como ponto forte as cobranças de faltas, chega por empréstimo do Joinvile-SC até o final da temporada e disputa posição com o também recém chegado Robinho, que já vem atuando na equipe principal do professor Lisca. 


O único detalhe é que Romano deverá ficar de fora para a estreia do Juve, que ocorrerá no Jaconi, dia 19, às 21h, diante do Lajeadense. 

E pela Copa Centenário, o Papo bateu o Galo de Santa Cruz do Sul pelo placar de 3x1 e avançou à final da competição que está sendo disputada no gramado de futebol 7 do Zequinha. Com gols de Rogerinho, por duas vezes, e Bergson, a disputa do caneco que leva o nome da principal marca do ano dos quatro clubes participantes, será no próximo domingo, às 19h, com transmissão da Tv Com.

No pouco que esteve em campo, Bergson fez bonito
Além do destaque do meia Rogerinho, pelos seus dois gols, Murilo novamente foi bem e deve confirmar a cada partida ser uma das peças principais do grupo. Fernando vem caindo na graça da Papada, que teve ponto inicial nas suas ótimas atuações pela última Copa FGF; e Bergson, além do gol, estreou muito bem, sendo participativo nas jogadas e apresentando como característica seu bom arranque, que inclusive foi origem de seu gol.

Todavia, a dor de cabeça de Lisca, que pode ser ainda superada em 9 dias, até a estreia do Ju no Gauchão, é a zaga. Por vezes, o setor defensivo deu susto à Papada, com falhas de posicionamento e até uma ainda possível falta de entrosamento, levando, constantemente, bolas nas costas.

Copa São Paulo de Futebol Júnior 

E a base alviverde vem novamente mostrando seu potencial. Numa das principais - se não principal - competição juvenil do Brasil, os garotos comandados por James Freitas empatou por 1x1 perante o Naútico, na última quarta-feira. Antes ainda, o Ju já havia batido por 3x0 a tradicional equipe da Lusa. 

Assim, a equipe Esmeraldina, que tem como destaques o zagueiro e capitão Guilherme, o volante Vacaria, Gustavo Ermel e o atacante Brenner (artilheiro do Juve, com dois gols), garante sua classificação vencendo o Penapolense - clube local - e torcendo por um tropeço do Naútico. Se o Juve e a equipe pernambucana vencerem, os critérios de classificação determinarão quem passará de fase, devendo ainda um dos dois passar como segundo colocado.

A piazada volta a campo neste sábado, às 9:00 da MANHÃ.

(com fotos do Jornal Pioneiro e Globoesporte.com)

sábado, 5 de janeiro de 2013

Só não choveu gol...


Na primeira exibição do Esmeraldino no ano de seu centenário, a Papada ainda não pôde soltar o primeiro grito de gol.

De baixo de um dilúvio que atingiu o Alfredo Jaconi, o Juve - apesar de não ter conseguido sair com a vitória - deixou uma boa impressão, principalmente na segunda etapa. Os cerca de mil alviverdes que se fizeram presentes na tarde/noite chuvosa de sábado, puderam ver a estreia do zagueiro e lateral-esquerdo Eduardo Brock (ex-Novo Hamburgo), do lateral-direito Murilo (ex-Bragantino) e do meia Rogerinho (ex-Cerâmica e com seu porte físico que faz jus ao "inho" levado em seu nome); além do zagueiro Leonardo Piaia (formado no Inter), do lateral-esquerdo Robinho (ex-Cuiabá) e do centroavante Gilmar (ex-Novo Hamburgo), que entraram no decorrer dos quarenta e cinco finais.

Como no ano de 2012, a Direção Juventudista aposta na manutenção dos atletas que levaram o caneco da Copa FGF. Com as saídas dos jovens Follmann, Bressan, Ramiro, Paulinho e Alex Telles, além do volante Fabrício, que após o Gauchão será mais um dos garotos oriundos da base alviverde a vestir a camisa tricolor do clube da capital, a vinda de alguns reforços se tornaram necessárias. Fora os nomes que já foram citados, o zagueiro Teco (ex-Brasiliense e Grêmio), os volantes Cristian Luca (ex- São José) e Dê (ex-Luverdense e Caxias), o meia Léo (ex- SV Grodig, da Áustria) e o atacante Bergson (emprestado junto ao Grêmio), são os outros reforços que, com a possível vinda de mais um zagueiro e um lateral-esquerdo, formarão o plantel do Juve que tem como ambição o acesso à Terceirona.

Já era esperado que, no amistoso de hoje diante do Veranópolis, faltasse aquele velho e conhecido entrosamento à uma equipe que inicia a sua preparação. Talvez pelo clube da terra da longevidade ter iniciado algum tempo antes a sua pré-temporada, o controle do jogo e um evidente melhor posicionamento dentro de campo, principlamente na primeira etapa, tenha sido dos pentacolores. O VEC de Marcelo Caranhato foi dono das primeiras investidas à gol. Através do toque de bola, o ataque comandado por Eduardinho e Lê subia com velocidade, entretanto não conseguia achar espaço para finalizar.

Pelo lado verde e branco, o "chutão" teve que ser utilizado por diversas vezes. Para ambos os lados, as chances claras de gol quase foram extintas. O meia juventudista Maurício foi quem esteve mais próximo de balançar a rede de João Ricardo. Após cobrança de escanteio, o jovem emendou de canhota, obrigando o goleirão a fazer ótima defesa. A primeira etapa, serviu para mostrar que Diogo Oliveira voltou atuando como estava antes de sua lesão. O meia deve de fato assumir o posto de 10 do Juve e ser peça fundamental pelo bom futebol da equipe. O lateral-direito Murilo é outro que teve boa atuação, se destacando nas jogadas de linha de fundo, concluindo com bons cruzamentos.


Como esperado, Lisca mexeu em praticamente todo time no segundo tempo. Com o gramado ainda mais prejudicado devido ao temporal que se instalava no Alfredo Jaconi, os atletas sofreram para fazer a pelota rolar. Ainda assim, o Juve cresceu na partida e foi o dono da etapa final. Com mais uma bela atuação do garoto Dedê, meio campista de dezesseis anos, que apesar da pouca idade vêm mostrando personalidade desde a Copa FGF, sem medo de partir pra cima dos zagueiros e querendo jogo. Robinho também entrou bem. Como o próprio dono da casamata - Lisca - falou, o jogador não possui tanta qualidade como estávamos acostumados com Alex Telles, mas dentro de suas limitações, o lateral pode contribuir com seu futebol à equipe.

O volante Deoclécio, já velho conhecido da Papada, que hoje atuou como zagueiro, apresentou novamente um futebol consistente, seguro, assim como o seu companheiro de zaga e capitão Rafael Pereira, homem de exímia regularidade no Juventude. Certamente, Lisca e o recém chegado Ricardo Colbachini, que assume como auxiliar-técnico, terão ainda pela frente muito trabalho até conseguir encontrar o futebol desejado, contudo, dentro do esperado, hoje, diante de um dos mais tradicionais clubes que disputarão o Gauchão, a equipe mostrou pontos positivos.

Antes da estreia no Campeonato Gaúcho, que ocorrerá dia 19, às 21h perante o Lajeadense, no Jaconi, o Juve ainda entra em campo dias 9 e 12 pela Copa Centenário. Nesta quarta, às 20h no Jaconi, a partida válida pela semi-final da competição que reúne os 4 clubes gaúchos que completam os 100 anos em 2013 - Juventude, Santa Cruz, São José e Cruzeiro -, o Alviverde decidi quem passará a final contra o Galo de Santa Cruz do Sul. Mais uma oportunidade para os Jaconeros irem se ambientando com os novos atletas que chegaram e estão chegando.

Um feliz 2013 a todos, mas principalmente à nós Juventudistas, nesse ano tão especial como é o do centenário! 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Maluco? Só se for por VITÓRIA!




Ele já chegou causando. Quando todos esperavam a efetivação do então auxiliar técnico Carlos Moraes para o restante da Série D de 2012, eis que surge o nome de Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, mais conhecido como Lisca, homem, que em pouco tempo de trabalho, criou uma identidade à equipe esmeraldina.

Tendo seu início como “homem da casa-mata” em 2001, pelo Canoas, o porto alegrense de 40 anos chegou ao Alfredo Jaconi enfrentando certa desconfiança e até algum preconceito, sendo atribuído muitas vezes como “louco”, além de afamado por supostos problemas fora de campo. Porém, o treinador pulou barreiras, deixou para trás qualquer tipo de desconfiança e em menos de seis meses, ganhou o apoio da Papada e Direção.

Sempre com seu tradicional boné na cabeça, Lisca não poupou esforços desde que desembarcou ao Alfredo Jaconi, passando aos atletas seu estilo motivador, enérgico, vibrante. Assumindo um Juventude totalmente descaracterizado e vindo de péssimas atuações, o comandante foi ousado, mostrando sua personalidade ao lançar ao time titular diversos garotos, que buscaram uma até então desacreditada classificação, obtendo resultados marcantes, como os 4x0 em cima do Mirassol e o triunfo por 1x0 em um temido Bento Freitas.

Marcado por ter um time de ENTREGA, Lisca por pouco não chegou as quartas de final da competição. Ao bater o Cianorte-PR por 3x1 no Alfredo Jaconi, parecia de fato que a coisa iria deslanchar, mas, quis o destino que o jogo da volta decretasse o fim de uma participação esmeraldina oscilante, ocasionada por erros cometidos ainda lá no início do ano.

Todavia, a realização do seu ótimo trabalho não teve como não ser vista por dirigentes, atletas e torcida, e assim, Lisca foi unanimidade na sua permanência no Esporte Clube Juventude. O treinador sabia muito bem com quem queria seguir trabalhando. Dispensando boa parte do PACOTÃO de jogadores que a Direção esmeraldina havia contratado, o técnico alviverde montou uma equipe recheada ainda mais por jovens atletas pratas da casa, que tinham agora como missão a OBRIGAÇÃO do título da Copa Hélio Dourado.

E aí foi o período que realmente o BICHO PEGOU. O Juve, que vinha realizando suas partidas pela Copinha com o time B, deixou a equipe principal numa situação um tanto desconfortável. Na terceira colocação, entretanto com míseros seis pontos, o time de Lisca deu o pontapé inicial na busca pela taça que lhe daria o caminho da volta a uma divisão nacional, diante do Ypiranga, no Jaconi. Necessitando dos três pontos, mas ainda na ressaca da eliminação da última divisão nacional, o Alviverde por pouco não saiu derrotado após estar perdendo por 2x1 e conseguir buscar o empate somente no finalzinho.

E, quando as coisas parecem que não podem mais piorar, chega a notícia que tiraria QUATRO pontos dos sete conquistados. Em um erro AMADOR, os responsáveis pela contagem dos cartões dados aos atletas na competição, passaram por “despercebidos” no terceiro cartão amarelo sofrido por Deoclécio, o que logicamente resultaria na sua não participação na próxima partida; porém, sem ser comunicado, Lisca escalou o jogador, ocasionando na perda dos quatro pontos, além da demissão do suposto encarregado pela contagem dos cartões, o senhor Renato Tomasini, diretor sindical e que trabalhava no Alfredo Jaconi há 33 anos.

Com a sua saída, dado por justa causa, só foi a questão dos salários atrasados vir à tona no Jaconi, que logo o Sindicato dos Empregados em Clubes Esportivos e em Federações no Estado do Rio Grande do Sul (SECEFERGS) pintou na área. O clube beirava o fundo do poço, sendo postulado até como praticante de “trabalho escravo”, além das greves de atletas que há quase três meses não recebiam salário. Mas, dentro de campo, parecia que esse Juventude de turbulências e atritos não existia, realizando atuações de ótimo futebol e, por incrível que pareça, com o sorriso no rosto de cada um dos atletas, marcado pela criativa comemoração de Zulu a cada gol seu marcado, transformando-se em “Zorro”.


E aí pairava a pergunta: Como pode uma equipe passando o que está passando estar tendo uma entrega como essas? Indubitavelmente, a resposta deveria ter alta porcentagem a ele, Lisca. O então desacreditado treinador levava aos atletas uma motivação que apenas ele sabia de onde tirar, que somava ao excelente trabalho tático, refletido nos 6x0 aplicados no Jaconi frente à equipe de melhor campanha na primeira fase da competição, o Ypiranga.

Como diz o título de um livro: ”A bola não entra por acaso”, obra de Ferran Soriano, ex- vice presidente do Barcelona e o qual eu recomendo - o coroamento do trabalho exercido pelo porto alegrense Lisca veio na conquista da Copa Hélio Dourado – que deverá de fato levar o Esmeraldino à Série D de 2013 -, entretanto, apenas possível pelo PLANEJAMENTO, pelo seu conhecimento e esforço realizados, que lhe atribuíram – e com razão – pelo principal responsável pelo triunfo.

E que o comandante siga sendo assim: MALUCO, por VITÓRIA!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Uma CAMISA que ainda brilha: O Esporte Clube Juventude é Campeão!


O PAPO mostra que sua FORÇA não morreu, mostra que o seu nome ainda é motivo de respeito, mostra que uma quase centenária história não pode ser acabada por um curto difícil período!

Esse Papo, como ficou e é conhecido pelo Brasil à fora, luta para voltar onde passou longos momentos de sua existência, onde conquistou feitos que jamais poderão serem apagados, onde, com seu nome, fez exibir Caxias do Sul ultrapassando até mesmo linhas nacionais.

E é por isso e muito mais, que este Esporte Clube Juventude, que volta merecidamente a levantar mais um caneco, merece ser respeitado, merece ser tratado como o tradicional clube que é, merece, como ontem, ter dias mais VERDES.

A conquista deste 25/11/2012, deve marcar o retorno Esmeraldino à uma divisão nacional, o retorno de um clube interiorano que vem sendo esquecido ano a ano, e, que representa uma marca especial: Ontem, talvez tenha marcado o inédito título de um grupo profissional alviverde com mais da metade dos que estiveram em campo tendo por formação a base juventudista.

 

Como que tinha que ser, o título veio com a cara JACONERA. Com tensão até o último segundo da partida, o Juve, guiado por Lisca, segurou o 0x0 em um alçapão Xavante de baixo de pedras, rádios, celulares, que pareciam mais um campo de BATALHA. Aos olhares dos cerca de 10 mil Rubro-Negros que se faziam presentes, os JACONEROS, representados pelos 200 Papos que se encontravam no Bento Freitas, foi uma equipe guerreira, vibradora, de personalidade, de identidade com a camisa que estavam representando.

Ontem, apesar das dificuldades muitas vezes impostas pelas Federações que comandam o futebol gaúcho, o interior voltou a pulsar, o interior voltou a mostrar sua cara e a sua garra tão característica.

Essa conquista, começa lá atrás ainda na Série D. Após um fracasso do folclórico técnico Luiz Carlos Martins, Lisca chega para dirigir o clube. Com pouquíssimo tempo para comandar/conhecer os atletas que tinha em mão, o comandante ainda assim por pouco não conseguiu avançar na última divisão nacional. Apesar da eliminação, ficou claro a sua competência que consequentemente lhe credenciou como técnico do time que precisaria de qualquer maneira conquistar a Copa Hélio Dourado.

Com um estilo de personalidade forte, que o aparentava de vez enquanto ser um completamente "louco", além de rumores de certas saídas à noitadas, o comandante de 39 anos seguiu fazendo seu trabalho, que, apesar de conviver com  graves problemas como salários atrasados, negociações que não se acertavam; conseguia mobilizar o grupo na competição, evoluindo no nível de apresentações jogo a jogo. Nesse domingo, à sua recompensa veio como marca de seu trabalho.


Tivemos ontem em campo, grandes personagens que ficaram marcados na decisão. Fernando, além de ter tido sua melhor atuação desde que pisou como reforço no Alfredo Jaconi, tendo como símbolo de sua atuação a bela defesa na cabeçada do zagueiro Xavante, ficou marcado pela sua frase pós-jogo: "Ano que vem, subiremos para a C, nem que seja no grito".

O capitão Rafael Pereira, com mais uma atuação segura, também não pode ser deixado de lado; assim como os garotos Bressan, Fabrício, Ramiro, além de Juliano, que entrou como surpresa, e acabou fazendo uma atuação destaque. Jardel, na sua entrega de sempre, foi decisivo. E, certamente, não podemos esquecer do guri que novamente mostrou sua personalidade, identificação ao clube, que, querendo ou não, pôde nos salvar em questões financeiras e que teve seu - esperamos - "até breve" ao E.C. Juventude como deveria ter. O lateral Alex Telles sai do Alfredo Jaconi como sempre esteve: por cima. 


O importantíssimo e merecido título, nos credencia a um início de 2013 de mais tranquilidade. Iremos agora atrás do que está escrito no regulamento da Copa Hélio Dourado, na qual afirma que o seu campeão terá a opção de escolher entre a vaga à Série D ou à Copa do Brasil. Começarão as dispensas, os reforços, mas, provavelmente, a renovação de grande parte dos atletas que compuseram essa reta final da Copinha. 

O grupo certamente precisará ser mais qualificado, haja em vista os últimos anos, onde não conseguimos o acesso à Terceirona. Nesse embalo, a direção já confirmou a vinda do lateral-esquerdo Julinho (ex-Ypiranga) e do meia Rogerinho (ex-Cerâmica), que certamente ganharão mais destaque em um outro post por aqui.

Por enquanto, cabe a nós JACONEROS, de muitos recentes momentos sofríveis, comemorarmos a conquista do título com o ainda mais forte orgulho que nos faz permanecer lutando por esta CAMISA.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Futebol que exige SÉRIE!


Com atuação de excelência, o Alviverde supera desfalques, data, hora, gramado (?) e até dilúvio, para confirmar seu lugar em mais uma final da Copa FGF.

Após mais uma semana turbulenta pelas bandas do Alfredo Jaconi, com direito a desfalques de última hora, data e local de partida remarcadas, e ainda sem quitar os salários atrasados; o Juve passeou na "cancha" do Passo D´Areia.

Em mais um ato característico do que tem sido o reinado de Francisco Noveletto frente à  Federação Gaúcha de Futebol, alterando o confronto para "um dia típico de futebol" - o qual decidiria um dos finalistas da competição - como é a Segunda-Feira, tendo o horário também remarcado para às 20h15min, cerca de 100 GUERREIROS JACONEROS contrariaram clima e dia para acompanhar o Esmeraldino no Passo D´Areia.

Sem poder contar com o guru Diogo Oliveira, devido a lesão grau um na coxa, que o deixará parado de sete à 10 dias, resultando na sua não participação nos dois confrontos que decidirão a equipe à disputar a Pré - Série D, o que vale também para Alan e o atacante Douglas que encontram-se no DM; Lisca mandou a campo o que já era previsto: no lugar de Alan, Nem foi o escolhido. Francisco Alex preencheu a vaga de Diogo, e Douglas cedeu espaço à Rodrigo Dantas.

Mesmo sem alterar praticamente nada no estilo de jogo juventudista, a torcida alviverde (e aí eu me incluo) certamente ficou com um pé atrás com as necessárias mexidas. Sem dúvida, o até então camisa 10 Diogo Oliveira vinha tendo seu melhor momento desde que pisou no Alfredo Jaconi, sendo um verdadeiro maestro na meia cancha. O mesmo vale para Alan, que encontrara seu futebol, e evoluía jogo após jogo, formando uma bela dupla com Alex Telles.

Entretanto, só foi Fabrício Neves Corrêa dar o apito inicial, para a desconfiança ir embora. Com toques certeiros, jogadas rápidas e triangulações que faziam parecer o Juve estar no Jaconi, os 45 minutos inicias fez a equipe de Osmar Loss apenas assistir o alviverde. Com boas participações de Ramiro, Jardel e Telles, que conseguiam fazer chegar a bola à Zulu, o gol era questão de tempo a sair.

Depois de duas tentativas de Z9, o Zoro esmeraldino não perdoou na terceira. Em bola levantada na área por Telles, e após um bate-rebate, a redonda acabou sobrando pra Zulu, que em chute certeiro, abriu o placar. O centroavante marcou o seu nono gol na competição, atingindo a marca de artilheiro da Hélio Dourado. Aí, só restou ao Trem-Bala Alviverde sair festejando pelo sintético gramado do Passo D´Areia.


Na volta do intervalo, de baixo de uma mais forte ainda chuva que caía na capital gaúcha, Lisca optou por não mexer na equipe. Quem mudou foram os vermelhos, com Murilo entrando no lugar de Raphinha, formando, assim, dupla de ataque com o grandalhão Maurides. A mudança de Osmar Loss, pareceu ter surtido efeito na equipe colorada, que conseguiu exercer uma certa pressão no Juve, porém não acertavam na hora da finalização.

O gramado escorregadio tornava-se agora aliado juventudista, já que quem precisava criar eram os porto-alegrenses, e estava difícil de fazer a bola rolar. A pressão colorada logo deu espaço para a retomada de controle de jogo esmeraldino, que após algumas investidas, conseguiu chegar ao segundo gol e decretar de vez a vaga à final da competição.

Em jogada à la Barcelona, o Juve subiu ao ataque com trocas de passes, com Ramiro entregando para Jardel, tocando para Dantas e "pisando" para o volante Fabrício, que de primeira venceu o baita goleiro Agenor.


E nem precisou que completasse os 45 minutos. Com as paralisações de jogo, uma aos dezoito minutos, e outra logo após a bola voltar a rolar, quando já se passavam mais de 30 minutos do segundo tempo, o que dá aval ao árbitro da partida finalizar o confronto, só restou à Fabrício Neves Corrêa dar o apito final à partida.

Se a intenção de Francisco Noveletto era realmente favorecer o Internacional, alterando a data, horário e local do jogo, fica aí o seu tiro no pé. Mas, suas obras não param por ai: antes mesmo de decidido os finalistas, a FGF já tinha decretado a data das duas partidas que darão o título da Copa HD. O jogo de ida ocorrerá nesta quinta-feira, tendo a decisão marcada para o próximo domingo.

Assim, em mais uma ação que novamente parece não exercer reação dos clubes do interior perante à FGF, o confronto inicial tem início para às 19h00 no Alfredo Jaconi, na quinta-feira, diante da equipe do Brasil de Pelotas, a qual se classificou vencendo o 14 de Julho por 2x1 no Bento Freitas - antes, havia empatado em Livramento.

A volta ocorrerá no Bento Freitas, também às 19h00. Certamente, o público, assim como ontem, poderia ser maior tanto pro lado da Papada, como do lado Xavante, que sempre vem em bom número. Porém, enquanto permanecermos beijando a mão da Federação, dificilmente passaremos a não ser tratados como cachorros sem dono.

Além dos pelotenses levarem vantagem por terem jogado ainda no domingo, tendo um dia a mais para descançar, perderemos força também no Jaconi, logo que o horário culmina com o de pico, fazendo boa parte da torcida se atrasar ou desistir de ir.

O certo é que, com 1000, 2000 ou 10000 alviverdes presentes quinta, o Jaconi precisa fazer a diferença para levarmos alguma vantagem à Pelotas.Tem tudo para ser uma baita final, e sendo assim: Que vença o melhor, e que o melhor seja o Juve!