Não foi o resultado que esperávamos, porém, a classificação que parecia quase impossível, veio. Na tarde chuvosa e de extremo frio, o Juve não saiu do zero diante do Metropolitano, em um jogo de bastante pegada, chances criadas e de muita água.
Água que atrasou por no mínimo dez minutos o início da partida e que, acredito, prejudicou mais a nós, logo que nossa principal característica é de um time leve e de toque de bola, principalmente no Jaconi. Contudo, o Juve deu logo o cartão de entrada, quando Marcel no primeiro minuto desarmou o volante catarinense e tocou para Alan, que chutou por cima do gol. Sem Zulu, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Rodrigo Dantas foi como esperado para o jogo, sendo a única mudança em relação aos jogadores que vinham iniciando a partida; e até que ele se apresentou bem. Na primeira etapa, uma das únicas de suas chances foi quando a bola caiu nos seus pés dentro da área, o atacante chutou, mas a bola acabou batendo em Marcel.
Enquanto Follmann praticamente não era exigido, o goleirão da equipe catarinense tinha trabalho constantemente. Além de colocar bola na trave, o time comandado por Lisca perdeu duas grandes oportunidades, uma com Jardel, que após chute cruzado de João Henrique errou o tempo da bola e acabou se atrapalhando; outra com Marcel, num chute queima-roupa que Flávio fez grande defesa.
Enquanto isso no intervalo a Papada se divertia na "câmera do beijo", que era transmitido no telão que fora colocado na Ferradura Sul. No Paraná, o Arapongas ia empatando por 0x0 com o Brasil de Pelotas, que nos dava automaticamente a vaga para a próxima fase.
Na volta do intervalo, Lisca optou por não mexer. A equipe contudo não apresentou a mesma fibra dos 45 inicias, sendo mais monótona, talvez já pelo desgaste que o campo encharcado lhes exigiam. O Juve levou mais perigo no finalzinho da partida, quando já se sabia que estávamos classificados, logo que Arapongas e Brasil-RS terminaram como iniciaram, 0X0. Sendo assim, tanto importava se sofrêssemos gol ou ficássemos no empate. A principal oportunidade veio com Rodrigo Dantas, que entrou dentro da área e limpou bonito o zagueirão, porém, talvez por preciosismo, demorou demais com a redonda e quando chutou já era tarde, pois a zaga conseguiu interferir.
O lado negativo da partida fica por conta do terceiro cartão amarelo sofrido pelo nosso zagueiro e capitão Rafael Pereira, que assim como Bressan, vem encontrando seu melhor futebol desde que chegou no Alfredo Jaconi. Apesar de a vitória não ter vindo, os quase 5000 Papos que se faziam presentes no Jaconi comemoraram e aplaudiram de pé essa mescla de garotos e mais experientes que vão dando vida ao Juventude na Série D.
Agora o papo é outro, trata-se de mata-mata, ou seja, perdeu, morreu, ganhou, segue vivo. Nessa fase, oitavas-de-finais, nosso adversário é o já conhecido Cianorte-PR, dono da terceira melhor campanha do Brasileiro Série D, que ainda não sabe o que é derrota, com 3 empates e 5 vitórias. A pedreira promete ser enorme, porém, como já comentou um Juventudista aqui no blog, nada é fácil quando se tratamos de Juventude.