É Papada, infelizmente mais uma vez não deu. A tão esperada final com um clássico ca-Ju, mais uma vez foi adiada e o pior, por nossa parte. A derrota de ontem, foi mais que uma simples derrota, foi algo constrangedor, de doer, ou de não acreditar.
Infelizmente não pude ír a Novo Hamburgo, porém acompanhei a partida pela televisão. Logo no início, tudo se encaminhava para uma grande exibição e consequentemente uma bela vitória. Jardel, após belo passe de Athos, entrou na área e com um toque de classe, encobriu Eduardo Martini, abrindo o placar logo aos 3 minutos de partida. O Ju tomava conta da partida, tocando a bola e tendo uma certa liberdade no meio de campo. Porém, pecava na criação e objetividade.
Nem e Jardel - o segundo demonstrando grande garra - faziam uma das suas melhores partidas com a camisa Alviverde. Além de desarmarem e roubarem a bola com frequencia, iniciavam também a maioria das jogadas. Contudo, a bola não chegava nem em Eraldo, quanto muito menos em Jonatas Belusso, o qual muitas vezes eu esquecia que estava em campo. Apesar de controlar o jogo, o Juve tinha pouquíssima objetividade e o Nóia chegou a frente e em uma de suas poucas investidas. Aos 9 minutos, Márcio Hahn levantou a bola pra área e o ex-juventudista Mendes - em falhas de Bruno Salvado e de Jonatas - cabeceou para marcar seu primeiro gol pelo Novo Hamburgo.
O jogo seguia equilibrado, mas com poucas chances de gol. Tanto que o segundo gol do time da casa, saiu em bola parada e o pior, novamente em bola área - tanto treinado por Picoli. Aos 33 minutos, Marlon cruzou e o zagueiro Alexandre se antecipou a zaga para marcar o segundo da equipe azul, determinando assim o placar da primeira etapa.
Era mais do que visível, que tanto a ausência de Zulu, quanto a de Rafael Mineiro, prejudicavam muito a equipe. Com isso, no intervalo, o comandante resolveu mudar e colocar Ramiro (improvisado, assim como Rafael Toledo) para dar mais força as investidas ao ataque pela ala direita. O Ju até que voltou melhor, porém Ramiro pouco acrescentava, quem apoiava mais era novamente Rafael Pereira.
O Esmeraldino foi ao ataque e em uma das raras presenças de Belusso, ele cruzou e colocou na cabeça de Eraldo, que escorou para o fraco chute de Athos. Uma baita chance perdida, que se tornaria crucial ao final do jogo. A equipe de Itamar Schulle, apenas se defendia. Tamanho era o espaço que eles deixavam para o Juve trocar a bola, que em meio a tanta facilidade, o Papo se perdia e errava demais. Porém, a insistência ao gol continuou, e num bate rebate perto da área, a bola sobrou para Athos, que chutou e desviada pelo zagueiro, acabou matando Eduardo Martini.
A esse momento, a Papada já estava pensando na virada ou na decisão nos pênaltis, tamanho era o domínio do Ju na a partida. E aos 44 minutos, tudo parecia perfeito, pois tínhamos ainda um escanteio a favor. "Doce engano", era só o começo de uma jogada que se tornaria trágica para nos Juventudistas. Após a cobrança realizada por Athos, Martini subiu para pegar a bola e dar o que seria mais um chutão. Porém, o "chutão", virou lançamento, que após desviado, encontrou Paulinho Macaíba, que só teve o trabalho de encobrir Jonatas.
Tem coisas que parece só acontecer com o Juventude. Esse filme de "quase-lá", já estamos cansados de ver. Está certo, que o time tentou, lutou, mas deixou escapar muitas oportunidades e essa coisa de levantar a cabeça e aprender com mais essa "GRANDE" lição, já eras. Já perdi as contas de quantas lições já tomamos e a história parece não mudar. Sei que o Nóia é e foi um grande adversário, pórem, não aguento mais ouvir isso, pois até agora não funcionou.
Temos que se mexe, pois a série D está batendo na porta, e ela não aceita erros.
AVANTI JUVE!
