Não foi o placar que muitos jaconeros
desejavam. Apesar de magro, o 1×0 diante do até então invicto
Internacional nos dá a vantagem de jogar por um empate na segunda parte
dos 180 minutos que decidem um dos finalistas da Copa RS.
Na tarde de clima típico de primavera,
em que ora aparecia o sol, ora dava indícios de chuva, devido ao céu
aglomerado por nuvens, o alviverde atingiu a marca de 34 jogos
consecutivos sem perder no Alfredo Jaconi. Entrando em campo com o
tradicional uniforme verde e branco, a equipe de Lisca – que recebera
dias antes do jogo UM dos TRÊS meses de salários atrasados - veio sem
surpresa na escalação, tendo por necessidade a única alteração na zaga,
com Diogo, lesionado, dando lugar ao jovem Bressan.
O público, que passou longe dos 4.500
torcedores esperados, voltou a vivenciar ares de clássico. Apesar de um
lado estar a equipe considerada B dos vermelhos, as camisas de Juventude
e Internacional respondiam por si só e, como esperado, a partida foi
acirrada do início ao fim. Enfrentando uma forte marcação, o Juve ditou o
ritmo do jogo nos 45 minutos iniciais. O problema era encontrado na
tentativa de infiltrar o paredão colorado, o qual possuía estatura de
time europeu.
Assim, a saída era atacar pelos dois
lados. Rodando a bola, as jogadas aconteciam tanto pela ala direita, com
o meia e camisa 10 Diogo Oliveira, como pela esquerda, com Alex Telles e
Alan. Não é de hoje que vem dando certo a dupla Alex/Alan. Uma vez
mais envolveram a zaga adversária, cavando faltas e realizando jogadas
de linha de fundo. Entretanto, quem apareceu mesmo foi
- indubitavelmente - Diogo Oliveira, o qual após estar APAGADO até o
início da Copa FGF, segue num crescente futebol que o colocou aqui na
Serra, sendo destaque do VEC. Assumindo literalmente o posto de número
10, Diogo criou inúmeras chances de gol, com uma inclusive resultando em
bola na trave numa conclusão de Alan.
Porém, o meia queria MAIS. Após falta
batida por Alex Telles, ele apenas raspou com a cabeça para desviar do
excelente goleiro Agenor. O gol merecido fez ecoar pelo Jaconi o som
alto e já tradicional pós-gol: JU-VEN-TU-DE!
O intervalo foi comandado pela gurizada,
que ao som do samba-enredo da Mancha Verde pro CARNAVAL 2013, batia
bola no gramado do Jaconi.
Na volta para a etapa final, Lisca optou
por não mexer na equipe titular. Sem grandes emoções, as chances de gol
para ambos os lados foram quase nulas. O alviverde caiu muito de
produção, parecendo contente com o 1×0. Por outro lado, o colorado não
mostrava poder de fogo, não conseguindo assustar a zaga esmeraldina.
As poucas chegadas vinham com ele, Diogo
Oliveira, que tentava encontrar Zulu. Aliás, o Z9, apesar de ter saído
em branco, realizou uma ótima exibição, fazendo com EXCELÊNCIA o papel
de pivô. O principal lance ocorreu com participação do artilheiro
esmeraldino, que após contra-ataque puxado por Nem – que substituiu
Alan – tocou para o ZORRO, que deixou cara a cara Diogo Oliveira com
Agenor. Porém, o meia bateu fraquinho, para a fácil defesa do goleiro
colorado.
O comandante jaconero ainda colocou em
campo Francisco Alex e Rodrigo Dantas, para saídas de Douglas –
ontem APAGADÍSSIMO – e Jardel. A baixa da partida fica por conta do meia
Alan, que já vinha sofrendo fortes pancadas, e acabou lesionando a
clavícula direita, sendo desfalque para o restante do ano. O abatimento e
a dor do atleta ficam claros na foto abaixo.
A perda certamente é grande, já que Alan
vinha tendo sua melhor fase desde que subiu aos profissionais. Com o
resultado, fica aberta a possibilidade de avançarmos com até um empate
no jogo de volta. Vencemos a batalha, porém a conquista da guerra fica
para o próximo domingo, na Morada dos Quero-queros, em Alvorada, na
grande Porto Alegre.
Feita a lição de casa, o trabalho ainda é
árduo, mas é assim que deve ser, para que possamos deixar o Esporte
Clube Juventude em seu centenário com um pouco mais de dignidade.
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