Ainda sentindo a ressaca da eliminação nas oitavas de final da Série D, a estreia da equipe principal na Copa FGF por pouco não acabou pior. Com uma formação diferente da que era planejada por Lisca durante a semana, Alan entrou na lateral esquerda, já que Alex Telles acabou mesmo sendo negociado com um clube da Série A; apesar de não ter sido o Galo mineiro, e sim o Internacional. Na frente, João Henrique e Douglas jogavam cada um por um lado, tendo centralizado Zulu.
E o início complicado - como já era de se esperar devido ao ainda curto tempo pós-eliminação - serviu para mostrar como seria a partida. Com um sistema defensivo que ora deixava o ataque dos amarelos entrar pela direita, ora pela esquerda, o gol adversário não demorou para sair. O atacante Rodolfo aproveitou a má linha de impedimento realizada pela zaga, que se repetia constantemente e péssimamente, para abrir o placar no Jaconi.
Com isso, tivemos que ir ao ataque. Porém a dificuldade era grande. O meia Diogo Oliveira, que assumiu a camisa 10, novamente mostrou-se de futebol limitadíssimo, sem criatividade e atitude. Outro que decepcionou e jogou muito aquém do futebol apresentado na reta final do Juve na Série D, foi João Henrique, que era cogitado para iniciar no banco, onde acabou indo no intervalo, após um primeiro tempo apagadíssimo. Zulu, de pênalti, ainda conseguiu o empate nos 45 iniciais.
Como havia falado, João Henrique fora sacado, assim Jardel foi para a partida. E ficou claro que o volante não pode ser banco desse time. Muito se falou que alguns jogadores seriam preservados, ou mesmo cederiam espaço para outros serem mais observados, contudo, apesar de haver a necessidade da reformulação, a partida de hoje não era brincadeira, e assim como as duas que virão, os três pontos estavam em jogo.
Jardel entrou com seu estilo característico, aguerrido, incansável, de atitude e de uma entrega que nesse grupo poucos ou nenhum realizam. Apesar de volante, foi ele que lá na frente esteve presente em praticamente todas as jogadas, criando, se apresentando, enfim, querendo mudar a situação do jogo.
Logo no início da segunda etapa, a equipe de Erechim perdeu um jogador ao ser expulso. Mas, nem assim conseguimos criar chances de gol; apesar da posse de bola, a falta de criatividade era imensa. Mesmo com um a menos, de novo ele, Rodolfo, deixou os líderes na frente no Alfredo Jaconi. Lisca, que por ora quase invadiu o campo ao reclamar da arbitragem, mexeu no time. No abafa conseguimos o gol do empate. Gol, que veio com Alan. E aí é que a coisa pegou...
O lateral/ala foi inventar de mandar calar a boca a torcida. As vaias que o mesmo merecidamente acabou levando foi pouco para uma atitude totalmente sem cabimento. A Papada que se fez presente - e aí eu me incluo -, esta sim que pode e deve cobrar algo, merece ser tratada com o mínimo de respeito. Papada, a qual passou e passa há tempo vendo seu Juventude de mal à pior, a qual apesar de estar sendo desiludida ano após ano, ainda continua ao lado dessa instituição; instituição que pouco o valoriza. Direito de vaiar, xingar, fazer faixas e protestar é o mínimo que todos ali devem aceitar.
Após a partida, em entrevista à Rádio Caxias, Alan pediu desculpa e tudo mais, alegando que seu gesto era intencionado apenas para um torcedor, o que mesmo assim não é justificativa.
Espero que o mesmo aprenda com as fortes vaias que vieram para si, sei que, como a maioria, é garoto, porém a infelicidade do seu ato foi enorme.
Bom, com o empate permanecemos na terceira colocação com sete pontos e vamos no próximo dia 30 (domingo) ao Centenário, onde mais um clássico ca-Ju será realizado a partir das 15h30min.
Nenhum comentário:
Postar um comentário